
Olá, amigos! Escrevemos hoje sobre o belo prédio recém-restaurado do Palácio dos Correios, projeto de 1919 dos italianos radicados em São Paulo Domiziano Rossi e Felisberto Ranzini para o Escritório Técnico Ramos de Azevedo, concluído em 1922, e que hoje abriga as atividades culturais do Centro Cultural Correios na cidade.
Dentre os vários endereços pelos quais o prédio atende, os mais conhecidos são Praça dos Correios, Praça Pedro Lessa, Avenida Prestes Maia e Avenida São João. Pode escolher o seu preferido.
Vemos na imagem acima o frontão central composto do grande relógio e de duas alegorias femininas que coroam a composição, fazendo alusão à atividade dos Telégrafos, no primeiro caso, e dos Correios, no segundo.

A alegoria à esquerda do observador, vista acima, carrega um típico instrumento alusivo à atividade telegráfica: um isolador telegráfico feito em porcelana. Suas asas representam a velocidade da comunicação telegráfica tornada possível com o advento da Eletricidade, “expressão dinâmica do século”, como a chamou o escritor paulistano Menotti del Picchia.
A segunda figura feminina, vista abaixo, é a Alegoria da Comunicação Escrita, uma referência aos Correios. Traz papel e pena nas mãos e prepara-se para redigir uma carta.


Entre os três arcos da portada principal há quatro pequeninos baixos-relevos circulares, iguais dois a dois. O primeiro, visto à esquerda, representa a extremidade superior de um poste telegráfico, invenção do americano Samuel Morse trazida para o Brasil em 1857.

O segundo traz um Mercúrio com fortes feições peninsulares e seu capacete alado. O Padroeiro dos Comerciantes, nesse caso específico, faz a função de mensageiro dos deuses.
Os ornamentos da fachada teriam sido executados por artesãos do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
Por hoje é só.